RELÓGIO

terça-feira, 15 de maio de 2012


O que você entende por Filosofia da Educação


O estudo da filosofia da educação, na verdade preocupa-se com problemática educacional que ocorre em todos os segmentos da sociedade, pois se trata, com efeito, de filosofia da educação e não simplesmente de filosofia, e também da educação sem postura reflexiva [porque neste caso a educação não seria um processo intencionalmente conduzido] (Saviani, 1984, p.35). Educação dentro de uma sociedade não se expressa como um fim em si mesmo, mas como um instrumento de manutenção ou transformação social. A filosofia fornece uma reflexão sobre a sociedade na qual esta inserida, sobre o educando, o educador e para onde devem seguir. De um lado a educação, é entendida num conceito amplo, oferece a filosofia problemas que se tornam cada vez mais complexos, inesperados e incertos como a miséria, a fome, a violência, a corrupção, o individualismo, a concorrência, a perda dos valores, a exclusão social e o analfabetismo. Na visão de Platão, a filosofia deveria transcender a contingência histórica, contribuindo para o processo de esclarecimento da verdadeira sabedoria, na superação das falsas crenças, lançando a ideia de uma educação para a virtude, uma educação perfeita, com a qual o homem se torna culto e erudito. Nessa expectativa, a educação acabou tornando-se objeto de estudos e reflexão da filosofia desde os tempos gregos. Pode-se dizer que a filosofia da educação surgiu do forte vínculo entre a filosofia e a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com as formas do conhecimento perfeito, orientou o ser humano segundo a razão, inferindo um pensamento pedagógico que busca a perfeição. A filosofia procura entender quais os pensamentos construíram a maneira de fazer ciência atualmente. É nessa lógica que persiste e insiste em fazer da própria vida do homem um produto descartável que a filosofia da educação procura problematizar e dar-lhe outro sentido, outra finalidade. A filosofia ela faz presente no início do processo,quando estabelecemos metas em nosso discurso,quando traçamos ou executamos estratégias. Sabemos que a educação atualmente passa por transformações circunstanciais e advindas de um modelo tradicional de ensino, torna-se necessário entender que ela se realiza em três modalidades: educação informal, educação formal e educação não formal, sendo necessário que o professor e aluno revejam seus objetivos, pois há a necessidade pedagógica de se encontrarem enquanto bom professor e bom aluno. A filosofia propõe questionar, a interpretação do mundo que temos e procura buscar novos sentidos e novas interpretações de acordo com os novos anseios que possam ser detectados no seio da vida humana. Sabemos que a relação da filosofia com a educação existe desde os tempos atrás no mundo grego. Pode-se dizer que a filosofia da educação surgiu do forte vínculo entre a filosofia e a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com as formas do conhecimento perfeito, orientou o ser humano segundo a razão, inferindo um pensamento pedagógico que busca a perfeição. A filosofia da educação contribuiu com alguns requisitos. Considerando as exigências do século XXI, que tipo de homem a sociedade está procurando-o homem “overnight”, que muda seus valores, seus comportamentos da noite para o dia. Esse modelo de educação já vem determinado e condicionado pelos aspectos sociais, políticos, econômicos e históricos nos quais se desenvolve. Assim alguns perfis foram estabelecidos e pensados, para serem alcançados por meio da educação. Apresentar as grandes concepções de homem que ocorrem até o presente momento; as teorias do conhecimento que a elas deram origem, bem como o modelo de escolas que elas influenciaram/influenciam” num permanente processo de afirmação, negação e superação como marcas características e dominantes dos diversos momentos dessa história” (Severino, 1994).Na concepção essencialista, o período da Antiguidade até a Idade Média, o homem tem uma natureza fixa, imutável, que orienta os valores e suas ações, e a busca da perfeição é um ideal a ser atingido.A teoria ou corrente filosófica de conhecimento é o empirismo. O sujeito recebe as influências do mundo externo. A concepção naturalista é como compreende o conhecimento onde o homem passa a ser o centro de toda essa mudança. A teoria deste conhecimento é o racionalismo, ou seja, é a razão do conhecimento deste período é o racionalismo, ou seja, é a razão que orienta as ações do homem. Já a concepção histórica social ela avança em relação ás duas anteriores. A visão de homem é a de um ser integral em sua capacidade individual, espiritual e em suas necessidades concretas de existência/sobrevivências. Como diz Dermeval Saviani. É de pequeno que se torce o pepino, ou seja, os adultos vão moldando as crianças desde pequenas através do processo educativo. Na filosofia moderna e contemporânea, as investigações em torno desses objetos estão em uma situação diferente da filosofia grega onde eram considerados distintos e independentes.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Em que consiste a Teoria dos dois Mundos defendida por Platão.

 Platão
Platão aprofunda-lhe a teoria e procura determinar a relação entre o conceito e a realidade fazendo deste problema o ponto de partida da sua filosofia. Para ele o conhecimento certo deve ser adequado à realidade do homem. Para Platão são realidades objetivas, que tem sentido para o homem. Assim a ideia de homem é o homem perfeito e universal de que os indivíduos humanos são apenas imitações. O homem para Platão era dividido em corpo e alma. O corpo era a matéria e a alma era o que não tem a natureza da matéria e o divino que o homem possuía. Enquanto o corpo está em constante mudança de aparência, a alma não muda nunca. Desde quando nascemos, temos a alma perfeita, porém não sabemos. As verdades essenciais estão inscritas na alma eternamente, porém, ao nascermos, nós as esquecemos, pois a alma é aprisionada no corpo. Com base nas ideias de Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, ele cria a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis ou mundo das ideias, destaca-se como o cerne do pensamento platônico e se encontra explicitada no famoso “Mito” da Caverna. Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais inteligível, das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos. Ele acreditava que a alma depois da morte reencarnava em outro corpo, mas a alma que se ocupava com a filosofia e com o Bem, esta era privilegiada com a morte do corpo. A ela era concedida o privilégio de passar o resto dos seus tempos em companhia dos deuses. Por meio da relação de sua alma com a Alma do Mundo, o homem tem acesso ao mundo das Ideias e aspira ao conhecimento e às ideias do Bem e da Justiça. O sistema metafísico de Platão centraliza-se e culmina no mundo divino das ideias; e se contrapõe a matéria obscura. O mundo material, o cosmos platônico, resulta da síntese de dois princípios opostos, as ideias e a matéria. O Demiurgo plasma o caos da matéria no modelo das ideias eternas, introduzindo no caos a alma, princípio de movimento e de ordem. O mundo, pois, está entre o ser (ideia) e o não ser (matéria), e é o devir ordenado, como o adequado conhecimento sensível está entre o saber e o não saber, e é a opinião verdadeira. O dualismo dos elementos constitutivos do mundo material resulta do ser e do não ser, da ordem e da desordem, do bem e do mal, que aparecem no mundo. Da ideia - ser, verdade, depende tudo quanto há de positivo, de racional no vir-a-ser da experiência. Da matéria - indeterminada, informe, mutável, irracional, passiva, espacial - depende, ao contrário, tudo que há de negativo na experiência. A teoria apresentada por Platão, embora tenha deixado algumas perguntas em aberto e algumas respostas ainda hoje não totalmente compreendidas é, sem dúvida, um grande marco para a Filosofia.
.


Leia mais:

domingo, 6 de maio de 2012

O Método "Pedagogizador" e a prática educacional voltada para intersubjetividade.


O “método pedagogizador” se resume a instruir, reproduzir um tipo de conhecimento que não é relevante para as reais necessidades do aluno, onde reproduz o conhecimento, aplica técnicas a um sujeito, o aluno, tratado meramente como objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado. Esse modelo tem sido um dos maiores desafios contemporâneos e seus críticos buscam   superá-lo o estilo pedagogizador da educação. Para inverter o modelo de educação pautado pelo estilo pedagogizador, torna-se necessário fazermos propostas para uma educação mais consistente e comprometida com uma efetiva emancipação do sujeito. Assim para que uma educação seja eficiente, acredita que uma teoria de ação unida com a prática pedagógica, é a restrição à aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado como objeto a ser conhecido e treinado pode contribuir para um pensar crítico em prol de uma educação voltada para a formação do sujeito emancipado, sensível e ético. Além disso, podem abrir novos perspectivos para a educação que possa fazer aparecer nos sujeitos a capacidade de questionar o sistema de normas que vigora na sociedade em questão. Assim a teoria de ação comunicativa, pode-se conceber o espaço da escola, como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre o aluno, professor, escola, família e comunidade, com o intuito de discutir a direção da sociedade. A partir desse momento os indivíduos percebem como sujeito e atores sociais, onde o mesmo poderá pensar que a sociedade pode ser de outra maneira e que as pessoas podem agir de maneira diferente sobre os problemas da sociedade lhe impõe e juntos buscar  chegar ao consenso em torno dos interesses comuns.  O modelo de educação calcado na intersubjetividade conciliação de dois mundos – o do sistema e o da vida é o mais apto para a construção de pessoas realmente esclarecidas, criativas e autônomas. A prática da intersubjetividade entende-se a comunicação das consciências individuais, umas com outras, efetuando-se sob o fundo da reciprocidade. O mundo do sistema e o mundo da vida, onde a teoria e a prática estão interligadas através de ações concretas, numa dinâmica comunicativa entre os atores envolvidos visando novas racionalidades. Uma educação guiada pela intersubjetividade tem em vista a valorização social, política, econômica e ética.  Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação super o modelo “pedagogizador” ao produzir indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz das normas sociais legítimas e legitimadas pelos processos jurídicos e políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica.
.

A Teoria da "Maiêutica" defendida por Sócrates


A maiêutica de Sócrates conduz uma pessoa a descobrir o conhecimento sobre um determinado objeto de discussão.  Sócrates que supunha haver ideias inatas, sobre uma determinada coisa, a maiêutica consistia, mais precisamente, em fazer recordar, despertando os conhecimentos virtualmente possuídos. A maiêutica Socrática tem como significado de dar a luz, ou seja, parir ideias. Ela consiste em perguntar, em interrogar, em inquirir: O que é isto? O que significa? Essa atitude de questionamento Sócrates tinha andando pelas ruas, fazendo perguntas simples para as pessoas, a respeito de um determinado assunto, com objetivo de conhecer a forma de pensar do homem, a respeito de valores e preconceitos da sociedade, e ter uma nova ideia, uma opinião sobre um determinado assunto. Daí auxiliá-los a mudar seu jeito de pensar sobre os valores que a sociedade impõe e com isso aprender a pensar por si mesmo. A maiêutica para Sócrates se baseia na ideia de que o conhecimento está oculto na mente do ser humano, e pode ser descoberto pelas perguntas e respostas. Ele não aceitava uma definição superficial, a cada resposta ia fazendo mais perguntas, indagando, até chegar à resposta mais precisa possível. Mas que nunca aceitava como uma posição definitiva. Para a Maiêutica o conhecimento está latente no homem, sendo apenas necessário criar condições para que ele passe da eficácia do ato, para crescer na capacidade de recordação e lembrança.
Tal técnica deve seu nome socrático a Sócrates, o filósofo grego do séc.v. a.c., que teria siso o primeiro a utilizá-la. O filósofo não deixou nenhuma obra escrita, mas seus diálogos foram transmitidos por seu discípulo Platão. Em seus textos Sócrates, utilizou um discurso caracterizado pela maiêutica, levando a induzir uma pessoa, por ela mesma, ou seja, por seu próprio raciocínio, ou conhecimento ou a solução de sua dúvida e pela ironia, levava o seu interlocutor a entra em contradição de suas ideias, depois tentava leva-lo a chegar a conclusão de que o seu conhecimento é limitado. Só sei que nada sei e a elevação da ética e da arte de viver, visto que no ensino a felicidade seria o fim a ser alcançado na vida do ser humano. A maiêutica proposta por Sócrates é considerado até nos dias atuais um dos homens mais sábios que já existiu na face da terra. Onde ele denominava maiêutica a engenhosa obstetrícia do espírito, que facilitava a parir as ideias.

                  http://pt.wikipedia.org/wiki/Mai%C3%AAutica
Apostila: 1º Período: A filosofia da educação.

           
           
                       

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Francis Bacon: o método experimental contra os ídolos


Nascido em Londres, Francis Bacon [1561-1626] pertencia a uma família de nobres. Francis Bacon, realizou uma obra cientifica de inegável valor.É considerado um dos fundadores do método indutivo de investigação cientifica. Atribui-se a ele, também a criação do lema –saber é poder.
Segundo Bacon, a ciência deveria valorizar a pesquisa experimental, tendo em vista proporcionar resultados objetivos para o homem.
O método indutivo de investigação, baseado na observação rigorosa dos fenômenos naturais e do cumprimento das seguintes etapas:
Observação da natureza para a coleta de informações;
Organização racional dos dados recolhidos empiricamente;
Formulação de explicações gerais [hipóteses] destinadas à compreensão do fenômeno estudado;
Comprovação da hipótese formulada mediante experimentações repetidas em novas circunstancias.
A grande contribuição de Francis Bacon para a historia da ciência moderna foi apresentar conhecimento cientifico como resultado de um método de investigação capaz de conciliar a observação dos fenômenos , a elaboração racional das hipóteses e a experimentação controlada para comprovar as conclusões obtidas.http://breviariodasideias.blogspot.com.br/2008/11/francis-bacon-o-mtodo-experimental.html